Apresentação

Os desafios que hoje se colocam à escola e particularmente aos professores exigem uma resposta criativa e proativa na implementação de pedagogias inclusivas que envolvam os alunos em aprendizagens autênticas e significativas em contexto escolar. Com esta ação de formação pretende-se contextualizar, divulgar e partilhar boas práticas que permitam ao corpo docente do AECE implementar estratégias de ensino e aprendizagens que sejam inclusivas e significativas para os alunos. Dever-se-á ter em conta que não existe uma metodologia geral para trabalhar com alunos com Necessidades Específicas (NE), nomeadamente alunos com perturbação do espectro de autismo, transtorno do défice de atenção com hiperatividade e dificuldades de aprendizagem específicas. A abordagem a cada aluno depende das particularidades do seu desenvolvimento, perfil individual e nível de capacidade. A metodologia SENPower consiste na adaptação de conteúdos de aprendizagem destinadas aos professores do 1º CEB que acompanham alunos com NE. A metodologia no campo de investigação da educação inclusiva define-se como um conjunto de princípios, métodos e procedimentos que visam apoiar os professores que desenvolvem esforços para proporcionar um ensino de qualidade, consistente com um enquadramento legal e a existência de recursos específicos no seu trabalho com os alunos com necessidades específicas integrados em salas de aula regulares.

Destinatários

Professores dos Grupos de Recrutamento 110, 120 e 910

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 110, 120 e 910. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 110, 120 e 910. 

Objetivos

É nossa responsabilidade enquanto professores educar os nossos alunos, de modo a ajudá-los a tornarem-se cidadãos ativos na sociedade. Cabe aos docentes das diferentes disciplinas assumir de forma efetiva a assunção de práticas inclusivas alicerçadas na construção das Adaptações Curriculares Não Significativas, tendo por base as Aprendizagens Essenciais bem como os restantes documentos estruturantes e orientadores em vigor. Assim, pretende-se que os docentes no final desta oficina de formação consigam: - identificar as necessidades específicas dos alunos de acordo com o seu perfil de aprendizagens; - identificar os conteúdos essenciais ao nível das diferentes áreas curriculares (Matemática, Estudo do Meio, Português e Inglês); - adequar conteúdos ao processo de ensino e aprendizagem. - organizar o processo de ensino e aprendizagem para a superação das dificuldades dos alunos; - adaptar, elaborar e implementar materiais educativos nas áreas curriculares.

Conteúdos

Esta oficina de formação está organizada em torno do enquadramento teórico e da prática advinda do projeto em curso Erasmus + SENPower, seguido da apresentação/reflexão de exemplos práticos aplicados em sala de aula do 1ºciclo do ensino básico para posteriormente se passar à prática, privilegiando não só o trabalho individual e de grupo, mas também a troca de ideias e experiências. A oficina de formação contém três módulos: Módulo 1: A metodologia SENPower - A quem se dirige? O que é e como se desenvolve? (5 horas) Neste primeiro módulo far-se-á o enquadramento teórico da metodologia SENPower (Projeto Erasmus + em curso) caracterizando de modo genérico as problemáticas dos alunos. Módulo 2: Desconstruir para voltar a construir: a integração curricular; breve enquadramento legal: Aprendizagens. Essenciais, PASEO, Decreto-Lei n.º 54/2018. (10 horas) No módulo 2 implementar uma estrutura de trabalho, que ajude os docentes a construir as Adaptações Curriculares não Significativas para os alunos com diferentes especificidades, conducente a práticas letivas inclusivas. Módulo 3: Trabalho prático de implementação e melhoria de planos de aula. (5 horas) A parir de planos de aula, anteriormente aplicados e testados, apela-se à reflexão crítica sobre a construção e aplicação dos mesmos e solicita-se sugestões sobre possíveis alterações e melhoramentos de modo a induzir os formandos para o trabalho autónomo que irão realizar posteriormente. Apresentação dos trabalhos: (5 horas)

Avaliação

Os formandos devem frequentar, pelo menos, 2/3 do número de horas da ação. A classificação dos formandos será feita por níveis de desempenho na escala de 1 a 10, com a menção qualitativa de: 1 a 4,9 valores – Insuficiente; 5 a 6,4 valores – Regular; 6,5 a 7,9 valores – Bom; 8 a 8,9 valores – Muito Bom; 9 a 10 valores - Excelente. A avaliação individual dos formados terá em conta os seguintes itens: Assiduidade (10%) Participação individual e em grupo (15%) Realização de trabalhos durante as sessões de formação (25%) Trabalho Final Individual (50%)

Bibliografia

Aprendizagens Essenciais - Ensino Básico. (s.d.). Obtido em 26 de julho de 2024, de Direção Geral de Educação: https://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais-ensino-basicoCoelho, D. T. (2013). Dificuldades de Aprendizagem Específicas: Dislexia, Disgrafia e Disortografia. Porto: Areal.Correia, M. (2015). Autismo e Atraso de Desenvolvimento: Estudo de Caso. Lordelo: ALORD Fundação.Lima, C. B. (2012). Perturbação do Espectro do Autiamo: Manual Prático de Intervenção. Lisboa: Lidel.Notícias: Educação Inclusiva: Decreto-Lei n.º 54/2018 e Manual de Apoio à Prática. (s.d.). Obtido em 26 de julho de 2024, de Direção Geral de Educação: https://www.dge.mec.pt/noticias/educacao-inclusiva-decreto-lei-no-542018-e-manual-de-apoio-pratica

Formador

Paula Alexandra Valente Couto

Isabel Maria Alves Correia

Cidália Maria Rosa Fontes

Cronograma