Apresentação

Em agosto de 2021 foram homologadas as novas Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico (Despacho n.º 8209/2021, de 19 de agosto) que no presente ano letivo, 2024/2025 já se encontram em vigor em todos os anos de escolaridade do Ensino Básico. Neste documento curricular, a par dos conteúdos de matemáticos, surgem, como conhecimentos a trabalhar na disciplina de Matemática, as capacidades matemáticas transversais: resolução de problemas, raciocínio matemático, comunicação matemática, representações matemáticas e conexões matemáticas (internas e externas) e o pensamento computacional. Estas competências, pela sua importância, são, neste documento curricular, valorizadas como objetivos de aprendizagem e surgem contempladas como um tema de aprendizagem, em todos os anos de escolaridade. É neste contexto que se enquadra a necessidade de formação dos professores do grupo 230 e 500, no âmbito de práticas pedagógicas que contemplem o desenvolvimento destas competências.

Destinatários

Professores dos Grupos de Recrutamento 230 e 500

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 230 e 500. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos de Recrutamento 230 e 500. 

Objetivos

No final da formação, os professores participantes devem: - Reconhecer a presença das competências matemáticas transversais nas novas AE de Matemática para o Ensino Básico; - Compreender as orientações para as práticas pedagógicas e didática da Matemática, presentes nas novas AE; - Analisar tarefas orientadas para o desenvolvimento das competências transversais matemáticas: resolução de problemas, raciocínio matemático, comunicação matemática, representações matemáticas, conexões matemáticas (internas e externas) e o pensamento computacional; - Contactar com recursos relevantes para o desenvolvimento das competências matemáticas transversais: ambientes de geometria dinâmica, ambientes de programação visual, calculadora, folha de cálculo, etc. - Refletir sobre práticas pedagógicas, em contextos de trabalho colaborativo e partilha de experiências.

Conteúdos

1. Enquadramento curricular - as Novas AE de Matemática do Ensino Básico: - Caracterização das novas AE de Matemática: O que aprender em Matemática?; Como promover a aprendizagem da Matemática? - Articulação entre diferentes temas matemáticos e capacidades matemáticas transversais; (Sessão 1 - 4 horas) 2. Pensamento Computacional: caracterização, subtópicos, objetivos e ações estratégicas do professor; análise de tarefas; (Sessões 2 e 3 - 8 horas) 3. Práticas de ensino promotoras do desenvolvimento integrado de temas matemáticos, capacidades matemáticas transversais e capacidades e atitudes gerais transversais - exploração de tarefas: identificação de objetivos de aprendizagem, formas de as explorar e recursos, em particular ferramentas tecnológicas, reflexão sobre potencialidades, limitações e dificuldades esperadas; (Sessões 4 e 5 - 8 horas) 4. Planificação de uma tarefa a implementar com os alunos, com vista ao desenvolvimento das competências matemáticas transversais; partilha de práticas e experiências pedagógicas; reflexão conjunta. (Sessão 6 - 5 horas)

Metodologias

Sessões teórico/práticas: Análise do documento AE de Matemática - trabalho em grupo; Exploração de tarefas em grupo - https://aem.dge.mec.pt/pt/recursos) ou outras fontes - com especial enfoque no uso das tecnologias. Cada grupo deverá resolver a tarefa; enquadrá-la no currículo; propor formas de a implementar, identificando potencialidades, limitações e dificuldades esperadas; Discussão em grande grupo com mediação do formador. Utilização de um ambiente de programação visual (por exemplo SCRATCH) para resolução de uma tarefa. Planificação de uma tarefa a implementar com os alunos (trabalho em grupo): plano de aula e materiais. Partilha das experiências pedagógicas. Disponibilização pela formadora de textos de apoio, para leitura complementar.

Avaliação

Os formandos devem frequentar, pelo menos, 2/3 do número de horas da ação. A classificação dos formandos será feita por níveis de desempenho na escala de 1 a 10, com a menção qualitativa de: 1 a 4,9 valores – Insuficiente; 5 a 6,4 valores– Regular; 6,5 a 7,9 valores – Bom; 8 a 8,9 valores – Muito Bom; 9 a 10 valores - Excelente. • Será valorizada a participação e empenho dos formandos nas atividades propostas; • Será solicitada a cada formando uma reflexão escrita individual sobre o trabalho realizado ao longo da ação de formação, referindo aspetos positivos para o desenvolvimento profissional.

Bibliografia

Aprendizagens Essenciais de Matemática para o Ensino Básico (Despacho n.º 8209/2021, de 19 de agosto)Espadeiro, R. (2021). O pensamento computacional no currículo de Matemática. Educação e Matemática, 162Ponte, J., Brocardo, J., Oliveira, H. (2005). Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: AutênticaQuaresma, M., & Mata Pereira, J. (2020). Como desenvolver o raciocínio matemático na sala de aula? Educação e Matemática, 156, 7-11.NCTM (2017). Princípios para a ação. Lisboa: APM.

Formador

Ana Paula da Conceição Lopes

Cronograma